A Comissão de Moradores de Santiais, Barreiro do Meio e Barreiro de Cima, todas na freguesia de Beduído, Estarreja, vai contestar o estude de impacte ambiental (EIA) referente ao troço Aveiro-Vila Nova de Gaia do TGV encomendado a uma empresa pela Rede Ferroviária de Alta Velocidade (RAVE). "O EIA confirma a afectação da zona atravessada, nomeadamente no que se refere a aspectos ecológicos, de paisagem, ruído e vibrações", refere a comissão, citada pelo Jornal de Notícias.
José Pinho, da Comissão de Moradores, disse ao JN que o estudo do traçado que passa a Nascente da A1 "tem vários pontos controversos e situações estranhas", nomeadamente a omissão da destruição de casas naqueles três lugares, ao contrário do referido no primeiro EIA.
"No primeiro EIA estava previsto a destruição de 11 casas e de uma fábrica de vassouras. Neste último, apenas se mantém o desaparecimento da fábrica, nada dizendo sobre as 11 casas, mas, no entanto, o traçado mantém-se. Pensamos que esta omissão é intencional e visa evitar a contestação dos moradores e das autarquias", afirma José Pinho.
De acordo com aquele jornal, a comissão esteve reunida no passado fim-de-semana e decidiu "esclarecer e apoiar os habitantes de Santiais, Barreiro do Meio e Barreiro de Cima na elaboração das suas contestações, solicitando igualmente à Junta de Beduído e à Câmara de Estarreja que se juntem na acção de defesa do concelho e que contestem igualmente as conclusões do EIA". Os moradores querem igualmente que a RAVE "esclareça de uma forma clara se há ou não casas destruídas devido ao traçado".
O porta-voz da comissão diz que o EIA "confirma todos os pressupostos e receios que estiveram na origem da mobilização dos habitantes de Estarreja que aderiram à assinatura do abaixo-assinado (841 assinaturas) onde se propunha uma alteração ao traçado". A comissão já se convenceu que a RAVE deixou cair a hipótese do traçado a Poente da A1 mas vai lutar para que os efeitos da passagem do TGV nas três localidades, onde moram cerca de 600 pessoas, tenha o menor impacto. E das duas uma. "Ou fazem um túnel para o comboio nesta zona ou então é preferível que a RAVE indemnize os proprietários das casas para que possam construir habitações num outro local. Ficar com o TGV à porta é que não", avisa José Pinho.
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