O primeiro-ministro e o presidente-executivo da aliança Renault-Nissan anunciam hoje a localização da fábrica de baterias para os automóveis eléctricos em Portugal, que representa um investimento de 250 milhões de euros e que vai criar 200 postos de trabalho.
O Presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, Basílio Horta, afirmou em Julho, em declarações à Lusa, que Sines e Estarreja eram duas das localizações que estavam a ser estudadas pela aliança Renault-Nissan para a instalação desta fábrica, que terá uma capacidade anual de produção de 60 mil baterias por ano.
Parece seguro que a nova fábrica será construída na zona de Aveiro, mas há dúvidas sobre qual o concelho que irá receber o investimento.
Segundo a edição de sábado do Diário Económico, o empreendimento ficará sediado na região de Aveiro, mas não especifica onde. Sabe-se que Estarreja seria, a par com Sines, uma das principais candidatas a receber o projecto. Mas Aveiro também figuraria na lista.
Entretanto, uma fonte da Câmara de Aveiro ouvida pelo Diário de Aveiro não dá a fábrica como certa no concelho. Mas Adelino Nunes, trabalhador da Companhia Aveirense de Componentes para a Indústria Automóvel (C.A.C.I.A.) e dirigente sindical, contou àquele jornal que responsáveis da Renault-Nissan terão estado à procura de terrenos nas imediações desta empresa para instalar a futura fábrica. Outras fontes locais ouvidas pelo jornal confirmaram que a nova unidade será construída na região, mas sem se comprometerem com uma localização específica.
Por outro lado, o presidente da Câmara de Estarreja, José Eduardo Matos, disse desconhecer qual a decisão da construtora franco-nipónica. Segundo o autarca eleito pela coligação PSD/CDS, o município procurou apurar no final do mês passado em que pé estava o processo e apenas lhe foi comunicado que a escolha seria anunciada “no início de Dezembro”. O edil sempre defendeu a opção pelo eco-parque de Estarreja. Mas a Comissão de Trabalhadores (CT) da C.A.C.I.A. intrometeu-se para sustentar que a fábrica deveria localizar-se em Aveiro.
Um dos argumentos é que a C.A.C.I.A. integra a aliança Renault-Nissan, sendo fornecedora de peças exclusivamente para fábricas no estrangeiro da parceria franco-nipónica. A escolha deve recair em Aveiro para aproveitar o “potencial produtivo instalado”, argumenta a Comissão de Trabalhadores, que tomou a iniciativa de comunicar ao Governo português a intenção de ver instalada a futura unidade industrial no concelho.
A nova fábrica deverá começar a laborar em 2012.
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