sexta-feira, 20 de abril de 2012

Câmara chumba proposta socialista para alargar bolsas de estudo

A maioria PSD/CDS chumbou uma proposta do Partido Socialista para que a Câmara Municipal de Estarreja atribuísse uma bolsa de estudo a todos os alunos carenciados. O PS propôs que a verba para pagar as 18 bolsas (4 mil euros), fosse retirada do montante previsto para pagar a viagem anual dos idosos à Quinta da Malafaia., que no ano passado custou 20 mil euros. Mas o presidente da Câmara e os restantes vereadores da maioria votaram contra a proposta.

A proposta, apresentada pelos vereadores socialista Fernando Mendonça e Manuel Pinho Ferreira, surgiu na sequência da aprovação, a 22 de março, da atribuição de dez bolsas de estudo a estudantes que frequentam o ensino superior e que se encontram em situação económica precária. Os vereadores socialistas abstiveram-se, o que levou o vereador João Alegria (da maioria PSD/CDS) a reagir a comentários da Juventude Socialista (JS) sobre a Feira da Juventude dizendo que a JS “mostraria de facto uma preocupação efetiva e atitude positiva para com os jovens de Estarreja se, por exemplo, exigisse aos Senhores Vereadores eleitos pelo Partido Socialista que votassem favoravelmente a proposta de atribuir dez bolsas de estudo para estudantes estarrejenses, com menos condições sócio-económicas para que possam continuar a frequentar o ensino superior”.

Fernando Mendonça e Manuel Pinho Ferreira, propuseram então que “atendendo à crise económica e ao momento excecional que o país atravessa” as bolsas de estudo fossem atribuídas não apenas aos dez alunos selecionados na proposta do Vereador, mas a todos os 18 alunos constantes da listagem apresentada. Os vereadores acrescentavam na proposta que “a verba necessária para esse efeito (4 mil euros, no total) seja retirada à dotação prevista para o habitual passeio de idosos à Quinta da Malafaia, com natural reflexo na diminuição o número de idosos participantes no passeio, situação amplamente justificada pela boa causa atrás demonstrada”.

De nada valeram os argumentos dos socialistas e a proposta foi chumbada com os votos contra do Presidente da Câmara, José Eduardo Matos, e dos restantes vereadores da maioria.

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