domingo, 18 de outubro de 2009

Polícia apreende pirataria no Mercado de Estarreja

O mercado de Estarreja foi alvo, ontem de manhã, de uma operação policial de combate à pirataria audiovisual que levou à apreensão de mais de 5.000 cópias ilegais e a identificação de seis vendedores. Estiveram envolvidos na operação sete inspectores da IGAC com o apoio de 67 efectivos da GNR que mobilizou também o já famoso binómio Ruca, do qual faz parte o único cão em Portugal, um labrador, treinado especialmente para farejar material contrafeito.

As autoridades cercaram a zona da feira por volta das 10.30 horas. O grande aparato policial acabou por dissuadir os vendedores a tentar abandonar o local. A operação durou cerca de duas horas, tendo terminado sem confrontos ou tumultos por volta do meio-dia. A Inspecção-Geral das Actividades Culturais (IGAC) tentou desta forma colocar um travão à venda de material contrafeito na feira bissemanal do mercado local. Segundo fonte policial, o fenómeno “já estava a atingir dimensões consideráveis, atraindo clientes de toda a região”.

Ao que tudo indica, Estarreja foi palco das recorrentes fiscalizações das autoridades efectuadas a Norte, em Espinho, cidade que habitualmente ocupava o primeiro lugar naquele tipo de comércio ilegal. A operação permitiu identificar seis vendedores de pirataria a quem foram apreendidas um total de 5.303 cópias ilegais, entre filmes em DVD e CDs de música.

Ao preço de venda normalmente praticado, o material audiovisual rondava 26.500 euros. Só numa das bancas havia 3.002 cópias pirata, o que terá sido das maiores apreensões de sempre num só local de venda com que as autoridades se depararam nos últimos tempos.

Os autos de notícia serão comunicados ao Ministério Público da Comarca de Estarreja por presunção de usurpação e/ou aproveitamento de obra usurpada, crime com uma moldura penal que pode dar três anos de prisão.

Músico de Salreu reconhecido no Jazz

Paulo Bandeira é natural de Salreu, Estarreja, onde nasceu em 1967. Aos 16 anos abraça a carreira de músico profissional ingressando na Banda Sinfónica da G.N.R e simultaneamente no Conservatório Nacional onde continuou os seus estudos. Hoje integra o Trio Samadhi, de que também fazem parte o guitarrista Miguel Martins e João Frade, teclista. Paulo Bandeira é o baterista.

O trio corporiza um projecto conhecido como world jazz trio o que define o posicionamento do grupo, feito do encontro de três músicos de inegável importância no contexto da música jazz no nosso país. Miguel Martins lidera o projecto onde pontuam os outros dois instrumentistas reconhecidos. João Frade, que tem agora a oportunidade de evidenciar o seu gosto pela improvisação em contextos jazzísticos, para além dos múltiplos galardões pela sua mestria no acordeão e Paulo Bandeira é considerado um dos mais sólidos nomes da bateria, a nível nacional.

Paulo Bandeira estudou na escola de Jazz do Hot Club de Portugal. Estudou nos E.U.A (New York) na DrummersS Collective, onde teve como professores Brian Kirk, Michael Lauren, Frank Kats e Bobby Sanabria. Tem tocado nas mais variadas formações e acompanhado músicos como Janita Salomé, Ala dos Namorados, e diversas Orquestras Sinfónicas.

Na área do Jazz, já tocou com Laurent Filipe, Nelson Cascais, Carlos Barretto, Patrick Hazell, Jerome Richardson Carlo Morena, Mário Delgado, João Maurílio, Jorge Pardo, Jesus Santandreu, Demian Cabaud, entre muitos outros.

Crianças doentes pedem apoios

João e Alexandra são acompanhados em Coimbra, mas a mãe diz sentir-se abandonada. Crianças têm coordenação motora afectada e comportamento alterado

“Até parece que estamos sozinhos no mundo”. Fátima Matos desespera por encontrar mais soluções para os seus filhos – João, de quatro anos, e Alexandra, de seis, quase sete anos -, que sofrem de uma doença rara, que lhes afecta a coordenação motora e acarreta alterações de comportamento, irritabilidade e agressividade, nomeadamente. E que, diagnosticada cedo na vida dos doentes, como foi o caso, tem um prognóstico de evolução nada favorável.

O menino tem uma mobilidade superior à menina e uma capacidade comunicativa superior – embora a evolução desta doença degenerativa até seja, geralmente, pior no sexo masculino –. Ambos sofrem com as quedas permanentes, que lhes têm provocado lesões pelo corpo.
A vida destas crianças divide-se entre a casa da mãe, em Pardilhó, no concelho de Estarreja, e a casa do pai, Domingos Rebelo, na Torreira, no vizinho concelho da Murtosa.

Como explicou Fátima Matos, é uma questão não só de dividir os encargos, mas principalmente o peso psicológico de uma “luta” diária e a todos os momentos. A mãe das crianças assinalou que, quando estão com o seu ex-companheiro, o João e a Alexandra beneficiam da praia, enquanto ela fica com tempo para tratar de todos os processos burocráticos em que estão inseridos, na busca de um maior apoio.

“Não há cura!”, declarou a mãe ao Jornal de Aveiro, relativamente à doença conhecida mundialmente como Hallervonden Spatz Disease. Acrescentou que apenas é possível minorar-lhe as consequências com terapia da fala, terapia ocupacional, fisioterapia, hidroginástica e natação, entre outras práticas.